quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Romanelli e Requião em uma CONVERSA amorosa


Requião e Romanelli travam diálogo (fictício) sobre apoio a Beto.


Ontem, dia chuvoso e frio em Curitiba, início da noite, toca o celular do ex-governador Roberto Requião. Um segurança atende e passa o telefone para o agora senador eleito. Do outro lado da linha está o deputado estadual do PMDB Luiz Cláudio Romanelli. Eis o dialogo: 
Romanelli –  Governador,  o Beto (o deputado tem bastante intimidade com o governador eleito Beto Richa) me convidou para  a Secretaria do Trabalho… E por dever de lealdade queria fazer essa primeira comunicação para você…
Requião – (Interrompendo). Convidou ou você se entregou?
Romanelli – Não, governador! Ele me convidou. Você sabe que eu tenho uma grande admiração por ele. É uma nova liderança, ainda vai fazer muito pelo Paraná como o pai dele fez…
Requião – Ora Romanelli deixa de bobagem, isso é adesismo puro, como é que fica o MDB velho de guerra? Você foi o meu líder na Assembleia…

Romanelli – (Interrompendo) mas governador, temos que pensar no futuro…nas bases, nos nossos prefeitos. É muito desconfortável fazer oposição. Você sabe como a nossa bancada vai se virar sem participar do governo? Ainda de lambuja ocupamos posições na mesa diretora da Assembleia…
Requião – (Novamente interrompendo). E os companheiros do PT?
Romanelli – São uns burros, Requião, esquerdistas, falei para o Enio Verri (deputado e presidente do PT): “vamos nessa, vocês são necessários na mesa”.  E ele não deu bola, pensa que é o Fidel Castro só porque usa aquela barba…
Requião – Roma, você vai trocar a Carta de Puebla pelo Consenso de Washington? Olha lá o que você vai fazer com o nosso legado!
Romanelli – Não, governador! Você continua sendo o meu guia, meu mestre… A política do salário mínimo regional é intocável. Já até falei com alguns amigos sindicalistas…
Requião – É o fim! lutei tanto pelo MDB velho de guerra e agora o partido se entrega para um tucano neoliberal. Aonde foi que eu errei?
Romanelli – Governador, é uma questão tática, de sobrevivência do partido, até o Pugliese concorda.  Você sabe que ele é metido a comunista…
Requião – (Já ficando impaciente…). Eu não preparei vocês prá isso. Hahaha. Só me resta o Arruda (o sobrinho João Arruda, eleito deputado federal). Nós vamos resistir… Lá da tribuna do Senado vou descer o sarrafo…
Romanelli – Calma governador! Afinal, não é nada demais apoiar o Beto…
Requião – Tá bom Roma! Depois você me paga uma caranguejada lá no Siri do Portinho. Vai, vai, segue o teu caminho…
Romanelli – Obrigado pela compreensão, eu sei que sempre fui muito chegado aos tucanos. Prometo me comportar bem…
Requião – Sei disso,  e desliga o telefone…
Romanelli – (acompanhado de um  jornalista, assessor inseparável) Amanhã vc passa lá na Pedro Ivo(sede da secretaria) para conhecer aquilo lá. E não esqueça, veja o tamanho do gabinete,  carros, as secretárias, quero um levantamento completo, entendeu…
Amigo leitor: o dialogo acima é ficcional, qualquer semelhança com  a realidade é apenas mera coincidência.

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